sexta-feira, 3 de março de 2017


Entre o Dever e o Amor
Esclarecimento
MÉDIUM Shyrlene Soares Campos
 
Um homem que foi general. Seus comandados o atendiam cegamente. Ele colocava 
em suas mãos granadas e baionetas e ordenava que fossem para o fogo da 
batalha. E eles iam e morriam e eram mutilados e obedeciam.

O que me impressiona é que, quando Jesus manda apenas que empunhemos a 
Fraternidade, que sejamos irmãos uns dos outros, que amemos a Paz, a 
Solidariedade, e nós não obedecemos. Preferimos tombar nos campos de batalha 
do mundo, dando depois lamentáveis testemunhos de dor, fracasso, de 
sofrimento.

Eis agora o testemunho deste nosso irmão (o seu nome é fictício para 
resguardar a sua personalidade na Terra) que foi General na Segunda Guerra 
Mundial.

 
 
Caros irmãos, diante de vocês está um homem que foi preparado para comandar, 
e que via nisso a suprema realização da vida. Lutei, fui mandado testar os 
meus conhecimentos no campo de batalha na Itália, festejei com a família e 
com os amigos. Esperava ansioso as condecorações. Por nenhum instante pensei 
no sangue que seria derramado, no sofrimento com o qual iria me confrontar e 
nem tive medo em instante algum. Trazia dentro de mim a força dos heróis. 
Era rigoroso na disciplina, implacável no comando. Estrategista, realmente 
me orgulhava de tudo aquilo que havia conquistado e me sentia um homem 
forte, realizado e capaz. Tinha sobre o meu comando muitos jovens, alguns 
até imberbes. Muitos choravam por dias e dias e eu os castigava e dizia que 
o homem devia ser testado nos campos de batalha. Mas muitos haviam recebido 
apenas treinamento para enfrentar as trincheiras da morte. Eu os desprezava. 
Aqueles que choravam, aqueles que temiam a morte eram os que eu primeiro 
mandava para Frente de Batalha, porque me fazia mal a covardia que eles 
traziam na face, o medo que traziam nos olhos; e nos campos de batalha nunca 
me importei ao ver jovens e jovens ensangüentados, desfigurados. 
Recolhia-lhes a identificação para poder notificar a família. E sempre e 
sempre, quanto mais cruenta era a batalha, mais cruel eu ficava na alma, 
mais duro do que aço, mais implacável que o fragor dos canhões a fazer dia 
em plena noite, trazendo dor e vomitando fogo.

Chegou, no meu Regimento, uma freira ainda jovem, voluntária. O anjo 
consolador de quantos tombavam feridos, desesperados, mutilados. E eu 
observava essa enfermeira. Via nela a coragem, mesmo quando canhões se 
aproximavam muito e as granadas explodiam. Em seus olhos não brilhava em 
nenhum instante o medo. Tinha sempre um sorriso na face. Tinha sempre uma 
palavra de consolo. Perto daqueles que sofriam ela se transformava em mil 
mulheres. era mãe, era irmã, era noiva, era filhinha ou era simplesmente a 
imagem de Maria. E eu, muitas vezes, falava com os rapazes que eu tinha que 
enviar para as trincheiras de lutas:

Vejam essa freira, menina quase e não tem medo. Não tem medo da batalha. Não 
tem medo da luta. E vocês que são homens, tremem e choram, sofrem e se 
escondem.

Muitos e muitos enlouqueciam, quando tinham que correr em direção ao fogo, 
aos trovões dos canhões. Mas eu não me importava, e um dia perguntei para a 
freira:

De onde você tira tanta força, para permanecer noites e noites em claro, se 
alimentar mal e cuidar de tantos enfermos?

E ela disse:
Eu tiro essa força da minha fé, a força me vem de Deus. A sua força está na 
sua arma. A sua fé está na vitória que você que obter, mas a minha vitória 
será reconquistar essa criaturas que não acreditavam mais na bondade nem na 
paz. A minha vitória será levar a esperança para cada um desses que não 
recuperarão no campo de batalha o braço, a perna, os olhos, a beleza, a 
saúde e muitos, nem a vida. A minha vitória está em reconquistar a lucidez 
dos que ensandeceram diante do horror da batalha. A minha fé é esta e seu eu 
aqui estou, não estou para ajudar generais, mas para ajudar aqueles que são 
comandados pelos generais, que ficam nas suas tendas a dar ordem para que 
morram. Se sentem heróis e no entanto não são capazes de liderar na frente 
os seus comandados! Jesus lidera os seus comandados, por isso eu o sigo. 
Jamais seguiria um general.

Naquela noite houve um bombardeio intenso. A freira, que se chamava Irmã 
Maria Clara, morreu, e com ela morreu também a esperança de muitos que 
sobreviveram e muitos, em delírio, gritavam por seu nome, gritavam por 
Jesus, gritavam por Maria. Outros gritavam por suas mães em terras 
distantes. Gritavam pelos filhos que não iriam mais ver. E naquele dia em 
que Irmã Maria Clara morreu, nasceu em meu coração a certeza de que Jesus 
realmente era o Grande General. Era o General, não de pessoas covardes que 
se amedrontavam diante das provas e das lutas, mas General daqueles que, na 
fragilidade do ser, possuíam a força do aço. Eu voltei da guerra. Fui 
condecorado. E vim depois a morrer vítima de enfermidade. Ao chegar ao plano 
espiritual certamente não ostentava as medalhas que me enfeitaram o peito. 
Na terra é que se encontram, guardadas em depósitos de veludo. Também não 
encontrei os Pracinhas, porque a guerra era uma prova coletiva e todos nós 
teríamos que responder pelas atrocidades cometidas e não pelas ordens que 
havíamos dado. Mas sofri muito. Sofri muito pelos conflitos que trazia na 
alma. Sofri pela perseguição dos inimigos que eu adquiri, porque muitos dos 
Pracinhas que tombaram nem sequer retornaram para as Terras do Brasil. Seus 
espíritos, ainda muito deles, vagueiam em terras da Itália, em grandes 
sofrimentos, porque isso eu pude constatar, levado por instrutores, e foi o 
instante em que eu mais sofri. Eu e tantos outros fomos obrigados a perceber 
o sofrimento daquelas, para as quais até hoje a guerra não acabou.

É preciso dominar realmente, a violência em nossas almas. E aquele que busca 
os comandos na Terra, realmente, ainda traz dentro de si muita violência. E 
aqueles que são comandados precisam aprender também que a violência não é 
bandeira para ser abraçada e seguida. Jesus nos ensinou a paz. Irmã Maria 
Clara, vim reencontrá-la depois, na sua humildade, ainda ajudando e 
servindo, se apagando humildemente, e ainda dizendo que o maior General de 
todos os tempos ainda é Jesus, e que a mais bela Batalha para se ganhar é a 
Batalha da Vida, e a maior condecoração que um homem pode receber é o 
serviço em favor dos que sofrem. Que a maior benção é a disciplina na alma, 
não resvalando nas trincheiras das quedas morais, mas no entrincheiramento 
no caráter, buscando o serviço e a luz. Ainda sofro e sofro muito. Ainda 
aprendo e aprendo pouco. Mas tenho pesquisado, tenho buscado entender as 
criaturas que se situam no comando estou tentando ser cada dia mais 
obediente ao Comando do Cristo. Espero tão somente que um dia ele possa 
confiar em mim, e que eu também possa ter confiança.

Eu agradeço a todos que me ouviram. E saibam, meus irmãos, que a violência 
não resolve situações sociais e muito menos resolverá situações espirituais. 
Saibamos aceitar o jogo das necessidades e da dor, porque a Terra não está 
sem governo, porque a terra não está sem Deus. Jesus está no comando e Deus 
tem enorme amor por todas as criaturas, violentas ou não. Mas aquele que 
aceita o comando do Cristo, que aceite também a humildade e o bem em suas 
vidas.

 
Um General
Mensagem extraída do livro ”Um amanhã de luz”
 
  
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Se não tomarmos a iniciativa de redescobrirmos JESUS, aceitando-O, para sempre, na condição de Mestre e Senhor, a nossa fé religiosa, qualquer que seja ela, não passará de um distintivo simbólico sobre o peito, que, ao invés de nos irmanar, colocará em evidência as nossas diferenças... O Amor carece de ser colocado acima da Fé e, ousaria dizer, da Verdade. Caso contrário, se não nos amarmos o bastante, a nossa civilização tenderá a desaparecer, não por obra da evolução, mas devido à nossa insensatez.
 
(Palavras do Dr. Odilon Fernandes, no livro, No Interior da Terra - Carlos A.Baccelli/Paulino Garcia)
 
 
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AVE MARIA

Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre Jesus.
Santa Maria, Mãe de Jesus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
  
 
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PAI NOSSO

Pai nosso que estais no Céu, santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.
 
JESUS 

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