Preparando-se para o passe


Para o melhor resultado da emissão e recepção dos fluidos, o passista e o receptor precisam estar convenientemente preparados.

Preparo do receptor
Pelo seu estado mental e emotivo, o receptor enfermo ou sofredor poderá ter, em relação ao passe, um estado receptivo, repulsivo ou neutro. O ideal é que esteja receptivo, pois o passe será tanto mais eficiente quanto mais intensa a adesão da vontade do paciente ao influxo recebido. Por isso, o passista, antes de aplicar o passe, deve procurar estabelecer com o receptor a simpatia possível, animando-o e interessando-o nas coisas espirituais.

Orientará, em síntese, sobre o seguinte:


os fluidos existem e as leis divinas permitem que trabalhemos com eles para aliviar e curar os nossos males;
é preciso ter fé, não como mera atitude mística, mas sim como força atrativa e fixadora das energias benéficas;
fé + recolhimento + respeito = receptividade;
ironia + descrença + dureza de coração = refratariedade.
o receptor deve orar, silenciosamente, enquanto recebe o passe, para acolher e assimilar bem as energias que lhe forem transmitidas;
o passe sempre beneficia, mas o grau dos resultados se fará de acordo com a fé, merecimento ou necessidade.

O preparo do passista será feito através de:

1)
Concentração - Para tudo que vamos fazer, precisamos, primeiramente, nos concentrar, centralizar a atenção no que vamos fazer. No caso do passe, quem o vai transmitir deve firmar o pensamento na atividade espiritual que irá desenvolver, no bem que deseja fazer ao assistido e na concorrência que pretende obter do Mundo Maior para essa realização.
2)Oração - "A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai". (André Luiz, Cap.17 Serviço de Passes, "Nos Domínios da Mediunidade") Orando, o passista consegue:

expulsar do próprio mundo interior os sombrios remanescentes da atividade comum da luta diária;
sorver do plano espiritual superior as substâncias renovadoras para, depois, operar com eficiência em favor do próximo;
atrair a simpatia de veneráveis magnetizadores do plano espiritual.
André Luiz, no Cap. XVII, Serviço de Passes, em "Nos Domínios da Mediunidade", nos mostra Clara e Henrique meditando e orando para, em seguida, aplicarem passes nos necessitados. Fica evidente, pois, que não há necessidade alguma de o passista receber passe antes do trabalho, a fim de estar em condições de aplicar passes. Isto se não houver relegado seus deveres á esfera secundária, porque:
a oração precipitada, com que muitos tentam atrair vibrações salutares, no ato da assistência, raramente consegue criar um clima psíquico no agente ou no assistido que seja favorável ao êxito da tarefa;
a
simples imposição de mãos, com o conseqüente apelo às Potências Sublimes, não quer significar condição adequada.